Ao longo dos séculos, várias hipóteses foram formuladas por filósofos e cientistas na tentativa de explicar como teria surgido a vida em nosso planeta.
Até meados do século XIX os cientistas acreditavam que os seres vivos poderiam surgir espontaneamente a partir da matéria bruta ou inanimada. Esta teoria ficou conhecida como abiogênese.
A abiogênese passou a ser contestada por pesquisadores que acreditavam que a vida só se origina a partir de outra vida preexistente. Esta outra teoria foi denominada biogênese.
Contrariando a teoria da abiogênese o médico italiano Francesco Redi (1626-1697) realizou em meados de 1688 experimentos para comprovar que a vida não surgia da matéria inanimada. O seu experimento consistia em colocar pedaços de carne crua dentro de frascos, deixando alguns cobertos com gaze e outros completamente abertos. De acordo com a hipótese da abiogênese, deveriam surgir vermes ou mesmo mosca nascidos da decomposição da própria carne. Isso, entretanto, não aconteceu. Nos frascos mantidos abertos verificaram-se ovos, larvas e moscas sobre a carne, mas nos frascos cobertos com gaze nenhuma dessas formas foi encontrada sobre a carne. Esse experimento confirmou a hipótese de Redi e comprovou que não havia geração espontânea de vermes a partir de corpos em decomposição.
Em 1745 experimentos realizados pelo inglês John Needham apoiaram a teoria da abiogênese. Nesse experimento, vários recipientes com caldos nutritivos de carne foram aquecidos e fechados, impedindo a entrada de ar. Depois de resfriados, os recipientes foram novamente aquecidos. Dias depois, Needham observou os conteúdos ao microscópio e verificou que continham diversos microrganismos. O experimento foi repetido várias vezes e sempre foram obtidos os mesmos resultados, sendo assim ele concluiu que a teoria da abiogênese era uma realidade comprovada.
Para combater a teoria da geração espontânea, o biólogo padre italiano Lazzaro Spallanzani, em 1770, repetiu os experimentos de Needham. Mas além de aquecer o caldo nutritivo, ele o levou à fervura durante uma hora. Depois de alguns dias ele verificou que o caldo não estava contaminado por microrganismo. Spallanzani alegou que os caldos de Needham não foram suficientemente aquecidos, permitindo que os seres vivos sobrevivessem no interior dos recipientes.
Needham rebateu as críticas, argumentando que a fervura havia destruído o “princípio ativo”, inibindo a formação de seres vivos nos caldos nutritivos. Esse tipo de argumentação a favor da abiogênese pareceu mais forte, de modo que as discussões sobre a formação dos seres vivos ainda continuaram.
A abiogênese sofreu seu golpe final por volta de 1862, quando Louis Pasteur (1822-1895), grande cientista francês, realizou vários experimentos com base na tese de Spallanzani. Seus resultados afastaram a teoria da geração espontânea e comprovaram a teoria da Biogênese. Confirmou-se, portanto, a ideia de que todo ser vivo é proveniente de outro ser vivo.
A abiogênese sofreu seu golpe final por volta de 1862, quando Louis Pasteur (1822-1895), grande cientista francês, realizou vários experimentos com base na tese de Spallanzani. Seus resultados afastaram a teoria da geração espontânea e comprovaram a teoria da Biogênese. Confirmou-se, portanto, a ideia de que todo ser vivo é proveniente de outro ser vivo.
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