Fonte: astrobioloblog.wordpress.com |
A panspermia cósmica foi proposta em 1903 pelo químico sueco, Svante August Arrhenius (1859-1927). Essa hipótese supõe que a Terra teria sido contaminada em tempos remotos, por microrganismos oriundos do espaço, denominados cosmozoários. Essa hipótese, também conhecida como extraterrestre, propõe que os primeiros seres vivos chegaram à Terra, em fragmentos de meteoritos e poeira espacial. Por mecanismo ainda não bem explicados, esporos bacterianos ou mesmo bactérias alienígenas teriam sido transportados até a superfície terrestre. Uma vez na superfície, esses organismos teriam encontrado um ambiente favorável, passando a se desenvolver até os dias de hoje.
A panspermia tem sido alvo de muitas críticas, uma vez que as formas de vida conhecidas resistiram às dificuldades, sem proteção adequada, às adversidades cósmicas, tais como as grandes variações térmicas e as radiações mortais de alta intensidade. Além disso, o panspermismo não explica a origem da vida em si; apenas transfere o problema da Terra para outro ponto qualquer do Universo.
A teoria da panspermia encontra-se, ao menos hoje, desacreditada junto à ciência, mesmo havendo dados suficientes para confirmar a afirmação de que a estrutura da matéria no universo é, assim como a matéria no nosso sistema solar, igualmente descrita pela nossa tabela periódica, e para confirmar a afirmação de que há possibilidade de a vida desenvolver-se também em outros sistemas planetários que não o nosso. O descrédito atrela-se sobretudo ao fato de essa hipótese simplesmente transferir para lugares remotos do universo a questão sobre a abiogênese química da vida; ao passo que, factualmente verificável, tem-se ciência de que a vida desenvolveu-se e prosperou, até o momento, apenas na Terra.
Referências:
Biologia, Wilson Roberto e Paulino, Volume 1, 2006
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