terça-feira, 27 de novembro de 2012

Perguntas - Seminário - Obtenção de energia e poluição


1- O crescimento populacional é um fator que interfere diretamente na demanda energética mundial. Além desse fator, qual outro contribui diretamente para o aumento da demanda energética?

2- Cite três vantagens do uso da energia eólica?



3- Diferencie energia renovável e não renovável.



4- Cite três produtos provenientes da refinação do petróleo.



5- O gás natural é um combustível fóssil que se encontra na natureza, normalmente em reservatórios profundos no subsolo, associado ou não ao petróleo. Cite três características do gás natural.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A Tundra e a Taiga

Tundra
A Tundra é o bioma mais frio da Terra, neste bioma nenhum tipo de vegetação se desenvolve. O termo Tundra é derivado da palavra finlandesa tunturia que significa planície sem árvores.
A Tundra pode ser classifica em: Tundra Alpina e Tundra Ártica. Ambas são muito parecidas, mas se diferenciam na razão pela qual são tão frias, e também na capacidade de drenagem do solo.
A Tundra Alpina é encontrada no alto de montanhas de diversos países, seu solo apresenta boa drenagem e não possui o permafrost (solo típico das regiões antárticas composto por terra, pedras e gelo) o que diferencia da Tundra Ártica. É muito fria e ventosa, não possui árvores, sua vegetação é composta por ervas arbustos e musgos. Sua fauna é composta por cabras da montanha, alces, marmotas, e insetos como gafanhotos, borboletas, escaravelhos.
A Tundra Ártica fica situada próximo do pólo norte, no círculo polar Ártico, recebe pouca luz e pouca chuva, apresenta um clima polar, frio e seco. O solo permanece gelado e coberto de neve durante a maior parte do ano.
Apresenta invernos muito longos, dias curtos e a temperatura não excede os -6ºC. Apesar de receber pouca chuva, a Tundra apresenta um aspecto úmido e encharcado, em virtude da evaporação ser muito lenta e da fraca drenagem do solo causada pelo
permafrost. O Verão é curto, dura cerca de dois meses, os dias são longos e a temperatura varia de -6°C à -10°C. O fato de o dia ser longo, faz com que ocorra uma explosão de vida vegetal, o que permite que animais herbívoros sobrevivam - bois almiscarados, lebres árticas, renas e lemingues na Europa e na Ásia e caribus na América do Norte. Estes por sua vez constituem o alimento de outros animais, carnívoros, como os arminhos, raposas árticas e lobos. Existem também algumas aves como a perdiz das neves e a coruja da neve. A vegetação é composta de liquens, musgos, ervas e arbustos baixos, devido às condições climáticas que impedem que as plantas cresçam em altura. As plantas com raízes longas não podem se desenvolver, pois o subsolo permanece gelado. As temperaturas são muito baixas, e isso dificulta o desenvolvimento da vegetação, por isso elas se adaptaram para conseguir se desenvolver. Uma dessas adaptações é o crescimento junto ao solo o que as protege dos ventos fortes e as folhas são pequenas, retendo, com maior facilidade, a umidade.
Apesar das condições inóspitas, existe uma grande variedade de plantas que vivem na Tundra Ártica.
As maiorias dos animais utilizam a Tundra apenas no Verão, migrando para regiões mais quentes no Inverno. Os animais vivem permanentemente na Tundra Ártica são os ursos polares, bois almiscarados e lobos árticos, e estes só permanecem na Tundra porque desenvolveram as suas próprias adaptações para resistir aos longos e frios meses de Inverno, como um pêlo espesso, camadas de gordura sob a pele e a hibernação.
A fauna dessa região é composta em sua maioria por mamíferos e aves, os répteis e anfíbios são poucos ou encontram-se completamente ausentes devido às temperaturas serem muito baixas.
Tundra ártica e montanhas-Alaska      
 
Taiga
A Taiga também conhecida com Floresta de Coníferas ou Floresta Boreal é um tipo de floresta encontrada no hemisfério norte do planeta, em locais onde a temperatura varia do -54°C aos 21°C. Ela se limita ao norte com a Tundra e ao sul com a Floresta Temperada. A vegetação é composta basicamente de Pinheiros e Coníferas, que apresentam boa adaptação ao clima frio da região. Estas espécies possuem folhas com superfícies pequenas para reduzir o processo de evapotranspiração, o formato cônico (pinheiros) ajuda a evitar o acúmulo de neve. E as folhas são revestidas por uma espécie de resina que evita que as mesmas congelem e facilita o retorno ao processo de fotossíntese quando se inicia o verão.
Em certas condições podem ocorrer espécies como Larício europeu de folha caduca e também podem aparecer Bétulas e Faias pretas.
A vegetação rasteira é composta por musgos, liquens e alguns arbustos.
A Taiga apresenta duas estações bem definidas, sendo o inverno rigoroso e com dias curtos, e o verão com temperaturas abaixo de 20°C e dias longos.
A fauna é composta por alces, renas, veados, ursos, lobos, raposas, linces, arminhos, martas, esquilos, morcegos, coelhos, lebres e aves como pica-paus e falcões. Os charcos e pântanos que surgem no Verão constituem um ótimo local para a procriação de uma grande variedade de insetos.
Alguns desses animais apresentam adaptações para resistirem ao frio, eles podem hibernar (ursos), migrar para climas mais quentes (aves) e outros possuem penas, pêlos e peles espessas que os protegem do frio.
Taiga no Estado do Alasca
 Referências:


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Relatório do trabalho de campo realizado na Serra do Cipó (MG)


Trabalho de Campo realizado na Serra do Cipó (MG),
por Fernanda Andrade, Flávia Oliveira e Vanessa Cabral.

01 setembro 2012

 
 
Canela-de-Ema afetada pela queimada.
A canela-de-ema (Vellozia) pertencente à família Velloziaceae, é um arbusto muito comum no cerrado brasileiro, apresenta crescimento de aproximadamente 1 centímetro por ano, sendo que algumas espécies, conhecidas como canela-de ema gigante podem chegar a 6 metros de altura. As marcas de queimadas mostram a resistência da planta ao fogo, os brotos começam a aparecer logo após a ação do fogo. 


 
Caliandra
A Caliandra (Calliandra haematocephala) pertence a família das leguminosas, e conhecida como flor símbolo do cerrado brasileiro. Cresce em arbusto de até 4 metros e entre a vegetação seca. As flores aparecem no verão e na primavera, são extremamente delicadas e pequenas, com estames longos cor-de-rosa, vermelho ou branco reunidos em inflorescência do tipo umbela.
 



Coccoloba cereifera
Está é uma espécie endêmica do cerrado, pertencente a família Polygonaceae, encontrada somente em uma área de 26Km² na Serra do Cipó. Suas folhas são duras e apresenta coloração azulada por fora e vermelha por dentro.
Rhynchospora speciosa (Família Cyperaceae)
São plantas de distribuição cosmopolita. A característica diferenciada do gênero é a presença de uma até dez brácteas ao longo da base da inflorescência, assemelhando-se a uma estrela. As brácteas possuem em torno de 3 a 5 cm de comprimento, porém na R. nervosa podem alcançar até 22 cm.
Sempre-Vivas (Família Eriocaulaceae)
Eriocaulaceae é uma família de plantas floríferas pertencente à ordem Poales.
As espécies do gênero estão amplamente distribuídas, principalmente nas regiões tropicais da América do Sul.
A maioria são plantas herbáceas perenes, sendo algumas anuais. Assemelham-se com as plantas das famílias Cyperaceae e Juncaceae, e como elas, são polinizadas pelo vento.
Muitas espécies dessa família são exploradas economicamente como "sempre-vivas".

Líquens crescendo em rocha nuas
Os líquens são seres vivos muito simples que constituem uma simbiose de um organismo formado por um fungo (o micobionte) e uma alga ou cianobácteria (o fotobionte). Podem ser encontrados nos mais diversos habitats, de geleiras, rochas, árvores, folhas, desertos e são excelentes colonizadores primários.
Girinos
Girino é o nome especial que a larva de anuros recebe. Todo anuro, seja ele um sapo, rã ou perereca, passa pela fase de girino, que pode acontecer dentro da água, dentro do ovo ou em estruturas protetoras do corpo de seus pais.
O tempo de duração da fase de girino varia muito entre as espécies, podendo durar de dias a meses.
Água com algas verdes indicando algum grau de poluição com matéria orgânica.  
A poluição de ambientes aquáticos por descargas de compostos orgânicos é um problema crescente. Estes compostos são degradados, aumentando os níveis de nutrientes disponíveis na água, principalmente fósforo e nitrogênio, essenciais ao crescimento das algas. As algas crescem proporcionalmente aos níveis de nutrientes disponíveis, ou seja, quanto maior a quantidade de matéria orgânica, maior será a população de algas. A proliferação demasiada de algas por excesso de nutrientes é um fenômeno conhecido por eutrofização.
 
Cavalinha (Esquisetum)
Planta medicinal, pteridófita, pertencente a família das equisetáceas.  Possui folhas de tamanho reduzido, como se fossem pequenas inflorescências, comparando-se com seu caule. Fósseis de parentes próximos da Cavalinha datam de mais de 300 milhões de anos.
 
 

Lavoisiera campos-portana
Espécie pertencente a família das Melastomataceae, apresenta folhas simples, que estão dispostas adaptadas ao vento.


 
Sempre-viva (Paepalanthus)
Paepalanthus é um género composto por 485 espécies e pertencente à família Eriocaulaceae.
Popularmente conhecida como Sempre-Viva ou Chuveirinho. Essa planta ocorre nos campos de altitude e se desenvolve em solos arenosos e cobertos de gramíneas. Chega a atingir 90cm de altura, com idade aproximada de 30 anos.
 

Velózia de flor vermelha
Velloziaceae é uma família de plantas angiospérmicas monocotiledóneas frequentemente arborescentes e robustas, com caule envolvido por baínhas foliares secas que formam um conjunto que pode atingir um diâmetro considerável.

Chamaecrista
Chamaecrista é um género de plantas com flores da família Fabaceae.

 Velózia de flor amarela
Velloziaceae é uma família de plantas angiospérmicas monocotiledóneas frequentemente arborescentes e robustas, com caule envolvido por baínhas foliares secas que formam um conjunto que pode atingir um diâmetro considerável.

 Barbatimão
Está é uma espécie pertencente à família Fabaceae. Planta medicinal nativa do cerrado brasileiro encontrada em vários estados. Conhecida na língua indígena como "ba- timó" que significa planta que aperta, isso por que sua casca tem atividade adstringente provocada por metabólitos secundários nomeados taninos. A planta é conhecida por suas atividades terapêuticas como cicatrizante, bactericida e fungicida.









  Fotos: (Fernanda Andrade, Serra do Cipó, MG)

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Limnologia


Questão 1- Comente a respeito do item 5.3.4 (página 70 em diante, considerando a formação das lagoas em nossa região).

Lago é o nome genérico dado a toda massa de água que se acumula de forma natural numa depressão topográfica, totalmente cercada por terra. Os lagos podem ser de água doce, salobra ou salgada e variam grandemente em forma, tamanho e profundidade. Os de menor superfície são chamados de lagoa.
As lagoas formadas em Sete Lagoas são na maioria de origem da solubilização de rochas calcários. Esse tipo de formação pela erosão de rochas calcárias, que podem ser chamados de “Lagos dolinas” ou “Lagos cársicos”, são comuns em regiões calcárias do planeta. Apresentam bacias cársicas quase circulares e de forma cônica profunda, desenvolvendo-se à medida que o calcário solúvel é corroído pela chuva. Normalmente, as depressões criadas são suficientemente profundas, estendo-se até ao lençol freático e proporcionando a existência água em permanência.

Questão 2- Qual o significados das expressões limnologia, ictiologia, plâncton, nécton, bênton, "à montante" e "à jusante"? (Use outras fontes de pesquisa, se for o caso.)

Limnologia- É uma descrição de todas as observações, leis e teorias que se referem aos lagos em geral. É a ciência que estuda águas interiores, independente de suas origens, mas verificando as dimensões e concentração de sais, em relação de fluxos de matéria e energia e as suas comunidades.
Ictiologia- Parte da zoologia que trata dos peixes.
Plâncton- Termo comum utilizado para denominar uma grande variedade de organismos marinhos e de água doce que vivem à deriva ou que flutuam na superfície da água.
Nécton- Conjunto de animais aquáticos que se locomovem livremente na coluna de água, com o auxílio de seus órgãos de locomoção, que pode ser as barbatanas ou outros apêndices. Fazem parte deste grupo os peixes, a maioria dos crustáceos e os mamíferos marinhos.
Bênton- Considera-se em biologia marinha, limnologia e oceanografia, a designação bentos ou bênton aos organismos que vivem no substrato.
À montante e à jusante são lugares referencias de um rio pela visão de um observador.
À montante- É a parte onde nasce o rio, se diz que a nascente de um rio é o seu ponto mais à montante deste rio.
À jusante- É o lado para onde se dirige a corrente de água, se diz que a foz de um rio é o ponto mais a jusante deste rio.

Questão 3- Considere os efeitos negativos dos grandes lagos artificiais (páginas 91 e 92).
a) Escolha três dos efeitos citados e comente a respeito deles.

- Aumento das possibilidades de ocorrência de processos de eutrofização, principalmente nas áreas florestadas ou agrícolas submersas;
A eutrofização é uma reação em cadeia, de causas e efeitos característicos, que têm como resultado final a quebra do equilíbrio ecológico, pois passa a haver mais produção de matéria orgânica do que o sistema é capaz de decompor. Esse desequilíbrio ecológico é acompanhado de mudanças radicais no metabolismo de todo o sistema.

- Aumento da maneira explosiva das comunidades de macrófitas aquáticas;
Em países de clima tropical onde a temperatura da água é mais elevada, desenvolvem-se condições próprias para o crescimento de macrófitas. Crescimento este que dependendo de certas condições físico-químicas e biológicas torna-se exponencial. Deste modo, depara-se com um problema grave de produção excessiva, geralmente agravada por condições de desequilíbrio do sistema aquático, como é o caso da eutrofização artificial. O número crescente de projetos de irrigação e construção de represas colaboram para a reprodução das macrófitas e consequentemente criam efeitos adversos. 

- Aumento da taxa de sedimentação à montante em seus afluentes.
Ao proceder-se o enchimento do reservatório e pela presença do mesmo, gera-se uma curva de remanso de notória influência sobre as áreas adjacentes. É típica, nestes casos, a formação de um delta na entrada do reservatório formado pela perda de velocidade da água, o que se traduz num depósito de materiais transportados. Este fenômeno gera a elevação do lençol freático na área de influência do reservatório, podendo ocasionar vários inconvenientes em áreas cultivadas. Por outro lado, o acúmulo de sedimentos no reservatório, produz uma paulatina colmatação do mesmo, fenômeno que influencia tanto na determinação da vida útil da obra, quanto na qualidade da água do reservatório.

b) Procure identificar algum outro efeito não citado e comente a respeito dele.

Efeito sobre a paisagem Os lagos artificiais dão uma imagem nova e diferente à paisagem, mesmo quando o desmatamento é feito com cuidado, no local abrangido pela faixa de oscilamento do nível do reservatório, sempre permanece o aspecto de uma natureza morta. Às vezes, as novas margens se tornam pantanosas, podendo constituir em focos de vetores de doenças endêmicas.

Questão 4 - Comente a respeito das três regiões (compartimentos) indicadas na figura 6.1.

Região Litorânea- Parte do lago que está em contato com o ecossistema terrestre adjacente e que é influenciado diretamente por ele. Trata-se de uma região com muitos nichos ecológicos e cadeias alimentares, tanto de herbívora (biomassa vegetal viva) como de detrito (biomassa morta), sendo a última a principal responsável pelo fluxo de energia do compartimento. A principal característica da região é a colonização por macroalgas, pteridófitos, briófitos e plantas superiores (macrófitas aquáticas). Os detritos são originados da biomassa morta de macrófitas aquáticas e em alguns lagos são provenientes de folhas da vegetação circundante. A região litorânea apresenta todos os níveis tróficos de uma cadeia alimentar. Neste compartimento estão inúmeros invertebrados como espécies de oligoquetos, moluscos, crustáceos e insetos. Estes podem apresentar adaptações à vida aquática.
Deve se ressaltar que no ecossistema lacustre a região litorânea é pouco desenvolvida, ou até mesmo ausente. A região se subdivide em litoral e sublitoral.

Região Limnética ou Pelágica- É encontrada em quase todos os ecossistemas aquáticos. Suas comunidades características são o plâncton e o nécton. A primeira é constituída por bactérias, algas (fitoplâncton) e invertebrados (zooplâncton) que se caracterizam pela capacidade de flutuar na água. Esta capacidade é a principal condição para existência do plâncton. Para flutuar ele precisaria ter densidade igual a da água, no entanto, a densidade desses organismos é superior a da água. Essa flutuação, especialmente do fitoplâncton, é na verdade um afundamento vagaroso, exceto nos animas de movimentos próprios. A outra comunidade da região, o nécton, possui movimentos próprios e por isso pode ser encontrado na região profunda. É formada quase que exclusivamente por peixes.

Região Profunda- Caracterizada pela ausência de organismos fotoautróficos, devido à ausência de luz e por ser uma região dependente da produção de matéria orgânica das demais regiões. Sua comunidade é a bentônica, formada principalmente por invertebrados aquáticos. A diversidade e densidade populacional desses organismos dependem da quantidade de alimento disponível e da concentração de oxigênio da água.


terça-feira, 26 de junho de 2012

Trabalho de campo realizado na Serra de Santa Helena

Trabalho de campo realizado na Serra de Santa  Helena
Dia: 16 de Junho de 2012
Professor: Ramon Lamar
Disciplina: Biologia
Acadêmicos: Fernanda Andrade e Jessé Cotta

Erosão (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)
Cipreste (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)



                                    
                                      Efeito de Borda  (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena Sete Lagoas, MG)
Musgo (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)
Epífita (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)


Vinhático (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)

 Serapilheira (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)

 Líquens (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)

Orelha-de-pau (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)

Embaúba (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)

Macaco prego (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)

Mirmecofilia (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)

 Anemia (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)

Zingiberaceae (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)

Cipó de São João (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)

Bolsa de Pastor (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)

Pau Santo (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)

Gleichenia (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)

Lobeira (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)

Bromélia (Foto: Fernanda Andrade, Serra de Santa Helena, Sete Lagoas, MG)

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Hormônios Vegetais (Fitormônios)


Uma planta precisa de diversos fatores internos e externos, para que possa se desenvolver e crescer. Entre os fatores externos podemos citar: luz, dióxido de carbono, água e minerais, temperatura, comprimento do dia e gravidade. Entre os fatores internos estão os hormônios vegetais. Os hormônios vegetais, ou fitormônios, são substâncias orgânicas capazes de determinar um considerável efeito direta ou indiretamente no metabolismo dos órgãos e tecidos em que atuam. Produzidos em pequenas quantidades em determinadas regiões da planta, os fitormônios são transportados para outros locais, onde exercem atividade.
A palavra hormônio vem a partir do termo grego horman, que significa "excitar". Entretanto, existem hormônios inibitórios. Sendo assim, é mais conveniente considerá-los como sendo reguladores químicos. A atuação dos reguladores químicos depende não apenas de suas composições químicas, mas também de como eles são "percebidos" pelos respectivos tecidos-alvo, de forma que um mesmo hormônio vegetal pode causar diferentes efeitos dependendo do local no qual estiver atuando, da concentração destes hormônios e da época de desenvolvimento de um mesmo tecido.
São conhecidos cinco grupos ou classes de hormônios vegetais:

  • Ácido abscísico: produzido em diversos órgãos da planta: caule, folhas e extremidade da raiz (a coifa). A difusão desse hormônio ocorre através dos vasos condutores de seiva.
Algumas funções: Provoca indução do fechamento dos estômatos, envelhecimento de folhas, dormência de sementes e gemas, inibe o crescimento das plantas.

Abscisão Foliar

  • Citocininas: produzidas nas raízes, embriões e frutos, e transportadas através do xilema para todas as partes da planta.
Algumas funções: Retardam o envelhecimento das plantas ramos e flores cortados e colocados em água envelhecem rapidamente pela falta desse hormônio. A adição de citocinina na água dos vasos faz com que as flores cortadas durem bem mais tempo.
Estimula as divisões celulares Quando um fragmento de uma planta, um pedaço de parênquima, por exemplo, é colocado em um meio de cultura contendo todos os nutrientes essenciais à sua sobrevivência as células podem crescer, mas não se dividem. Se adicionarmos apenas citocinina a esse meio, nada acontece, mas se adicionarmos também auxina, as células passam a se dividir e podem se diferenciar em diversos órgãos.

A citocinina retarda o envelhecimento de flores e frutos.
                                                          
  • Giberelinas: É sintetizado no meristema de sementes e frutos, transportado pelo xilema.
Algumas funções: Promove à germinação podem ser usadas para antecipar a produção de sementes em plantas bienais. Juntamente com as citocininas, desempenham importante papel no processo de germinação de sementes.
Desenvolvimento dos frutos assim como auxinas, podem causar o desenvolvimento de frutos partenocárpicos (sem sementes), incluindo maçã, abóbora, berinjela e groselha. A maior aplicação comercial das giberelinas é na produção de uvas para a mesa. O ácido giberélico promove a produção de frutos grandes, sem sementes, soltos entre si.

Plantas anãs são incapezes de sintetizar giberelinas.
  • Etileno: Esse gás é produzido em diversos locais da planta, difundindo-se entre as células.
Algumas funções: Amadurecimento dos frutos Uma banana madura, colocada junto a outras verdes, acelera o amadurecimento das outras por causa do etileno que ela desprende.
Indução da abscisão foliar O etileno produzido estimula a síntese de celulase, enzima que digere as paredes celulósicas, na região de abscisão do pecíolo. Nessa região surge um meristema de abscisão, em que as células derivadas organizam uma cicatriz que fechará a lacuna produzida com a queda da folha ou do fruto.

              Ação hormonal no amadurecimento das frutas.

  • Auxinas: Esse fitormônio é produzido no meristema apical do caule, primórdios foliares, flores, frutos e sementes. Transportado pela extensão do vegetal através dos vasos xilema e floema.
Algumas funções: Geotropismo é uma resposta dos órgãos vegetais à força da gravidade. Quando a planta é colocada em posição horizontal, o acúmulo de auxinas na parte inferior do caule provoca um maior crescimento dessa parte, ocorrendo curvatura em uma direção oposta à força da gravidade, fazendo com que o caule se dirija para cima. Na raiz em posição horizontal ocorre um maior alongamento na parte superior comparada à inferior, provocando curvatura da raiz na direção da força gravitacional.
Desenvolvimento dos frutos Na natureza é comum o desenvolvimento de ovários sem que tenha havido a formação das sementes. A auxina existe na parede do ovário e também nos tubos polínicos e isso é que garante o crescimento do fruto.
Propagação vegetativa A aplicação de auxinas sobre a superfície do caule promove a formação de raízes adventícias, o que é útil na propagação vegetativa por meio de estacas.

Produção de frutos partenocárpicos pela aplicação de auxinas nos ovários

Referências:


terça-feira, 5 de junho de 2012

Reprodução Assexuada em Plantas


A reprodução assexuada é um tipo de reprodução, onde os indivíduos descendentes são idênticos ao organismo genitor. Organismos gerados a partir da reprodução assexuada são denominados clones. Esses organismos só serão diferentes se sofrerem algum tipo de mutação gênica. São vários os seres vivos que se reproduzem assexuadamente.
Nas plantas qualquer uma das partes, folhas, caules, brotos ou raízes são capazes de reproduzir uma nova planta idêntica em condições adequadas, processo denominado propagação vegetativa. Isso ocorre devido o fato de que nas plantas as células e tecidos trazem consigo a capacidade de regenerar a estrutura da planta inteira.
A partir do conhecimento sobre plantas, o ser humano aprendeu a fazer uso dela, em benefício próprio, cultivando mudas, que dão origem a uma planta idêntica, a planta mãe, preservando as características comercialmente importantes, como por exemplo flor, sabor e resistência a doenças.
Algumas técnicas de reprodução assexuada em plantas:
Estaquia: Acredita-se que a estaquia juntamente com a fertilização por sementes foi uma das primeiras técnicas de multiplicação a ser dominada. Esta técnica consiste em retirar uma folha ou uma parte do caule, chamada estaca, e depositá-la em substrato fértil para o desenvolvimento de uma nova planta. A estaquia é feita em plantas que não possuem sementes ou que apresentam sementes estéreis. A técnica é muito utilizada em plantações de mandioca, e é ideal para plantas ornamentais de pequeno porte, como a violeta. A aplicação desta técnica requer alguns cuidados em sua execução, para que possa se obter clones com boa saúde. Esses cuidados estão relacionados com as ferramentas utilizadas (faca ou tesoura, afiadas e esterilizadas) e preparação do substrato (de acordo com a espécie e bem fertilizado), por exemplo. As vantagens da estaquia são a facilidade de fazê-la e a possibilidade de propagar as melhores plantas, conservando suas características.
Mergulhia: Método semelhante à estaquia consiste no enraizamento da planta a ser multiplicada na própria planta. Escolhe-se um ramo flexível que alcance o chão, se faz um anelamento, o enterra até a parte mediana e prende o ramo ao solo utilizando uma estaca de pedra, madeira, bambu ou um arame grosso. Rega constantemente até o enraizamento, depois se corta o ramo, formando assim uma nova muda. A mergulhia é um método difícil e é recomendado nos casos em que não é possível fazer a estaquia. A jabuticabeira e a macieira são exemplos de plantas multiplicadas dessa maneira.
Alporquia: Se trata de um dos métodos menos agressivos a integridade da planta, no entanto é um método de difícil execução que deve ser realizado por profissionais experientes. Consiste em fazer brotar uma nova planta no caule de outra já fixada em um substrato, forçando a criação de raízes adventícias, através de um corte transversal em plantas de caule semi-lenhoso (nesse método a seiva elaborada não sofre interrupção em seu fluxo) e através de anelamento em plantas de caule lenhoso (neste caso apenas a seiva bruta circula pelo caule). No caso do anelamento a parte descascada é coberta com matérias capazes de reter água, após um período que varia conforme a espécie, as raízes são formadas e precisão ser transferidas para um local preparado para que elas possam se desenvolver, até que se forme a muda. Este método é mais eficiente em plantas angiospérmicas dicotiledôneas.
Enxertia: É o método de reprodução assexuada mais usado comercialmente, e é muito utilizado para a seleção de plantas resistentes a pragas. Consiste na união dos tecidos de duas plantas que pertencem a mesma família, mas que são de espécies diferentes, para que a planta enraizada, chamada cavalo, possa nutrir o enxerto, que produzirá flores ou frutos. As três maneiras mais utilizadas para fazer a enxertia são: borbulia, encostia e garfagem. As principais vantagens são desenvolvimento rápido visto que a muda (cavaleiro) já encontra um cavalo munido de raízes e permite selecionar plantas com raízes resistentes a certas doenças, e utilizá-las como cavalo. Com isso, a reprodução vegetativa de espécies sensíveis a essas doenças torna-se mais eficiente.
 
Referências: 

http://jardinagemepaisagismo.com/reproducao-de-plantas-por-estaquia/
http://www.cultivando.com.br/termos_tecnicas_multiplicando_mergulhia.html
http://jardinagemepaisagismo.com/reproducao-de-plantas-por-alporquia/
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/embriologia/reproducao.php
http://jardinagemepaisagismo.com/reproducao-de-plantas-por-enxertia/